A busca está fragmentada?

A busca está fragmentada?
Rayanne Batista

A conversa entre Duda e Rayanne Batista foca nos desafios e oportunidades do SEO diante das rápidas mudanças trazidas pela IA, como o AI Mode e os AI Overviews. Rayanne, especialista em SEO há 8 anos e dona da consultoria era SEO, destaca que onde há busca, há SEO, mas o maior desafio é modular a estratégia e educar os clientes em um cenário onde as métricas de tráfego caíram drasticamente.

As oportunidades residem no fato de que o SEO está sendo mais visto e se tornando mais multidisciplinar, crucial para construir presença e reputação de marca. Profissionais precisam focar em novas métricas como sessões de qualidade, duração e conversões, indo além de cliques e impressões. A visão humana no conteúdo é insubstituível, sendo fundamental criar materiais detalhados e focados em diálogo conversacional, e não apenas em palavras-chave.

O futuro do SEO exige o fortalecimento da autoridade (E-E-A-T), a otimização técnica (dados estruturados e HTML semântico) para rastreabilidade, e o nichamento do conteúdo. É vital para os profissionais manterem a calma, estudar em fontes confiáveis (como Aleyda Solis) e adotar uma forte cultura de testes.

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Principais Pontos

1. Desafios do Novo Cenário de Buscas

O Google tem gerado incertezas com updates constantes (como o de spam anunciado em 26/08, data da conversa) e a introdução de novas ferramentas de IA, como o AI Mode e AI Overviews. O maior desafio é o caminho novo que a IA impõe, gerando confusão sobre a rota a seguir e como aparecer em plataformas como o Chat GPT e Gemini. Há também o desafio de explicar aos clientes que "onde tem busca, tem SEO" e que novas siglas criadas pela própria comunidade de SEO não anulam o trabalho já feito para aparecer em plataformas como YouTube, TikTok e Bing.

2. Oportunidades e Valorização do SEO

O SEO agora é mais visível e consegue se encaixar em outras dinâmicas, com times de mídia ou social procurando especialistas para melhorar a presença de marca. A emergência das IAs torna a presença de marca fundamental, e o SEO é essencial para construir reputação e visibilidade. Isso cria portas abertas para mostrar o valor real do SEO, que vai além de cliques e impressões, influenciando toda a estratégia do cliente.

3. Mudança nas Métricas de Sucesso

Com a queda no tráfego, o foco se desloca das "métricas de vaidade" (cliques e impressões) para a qualidade da sessão e conversões.

Impressões: Continuam importantes para verificar a visibilidade.

Google Analytics (GA): É crucial olhar mais profundamente o GA (além do Search Console), analisando sessões vindas de IAs e a duração das sessões.

Duração da Sessão: A permanência do usuário no conteúdo ou na conversação é um indicador extremamente importante.

Conversões: O canal orgânico influencia o todo, e a conversão (e não apenas o tráfego) é a métrica principal para mostrar o valor do trabalho.

4. A Essência Humana e a Autoridade (E-E-A-T)

A visão humana sobre o conteúdo é fundamental, sendo superior a conteúdos rasos gerados exclusivamente por IA. O futuro do conteúdo deve ser conversacional, entendendo o que as pessoas querem e o que elas nem sabem que precisam.

E-E-A-T (Experiência, Expertise, Autoridade e Confiabilidade): Está mais importante do que nunca.

Página do Autor: Deve ser robusta e detalhada, incluindo informações como LinkedIn, formação ou experiência (ex: um engenheiro escrevendo sobre obras), para humanizar o conteúdo e criar credibilidade.

5. Otimização Estratégica e Técnica

Para aparecer em recursos como o AI Overview, a estratégia de palavras-chave precisa focar em diálogo e não apenas em temas curtos. É necessário cobrir sub pesquisas ("Query Fan-out") para enriquecer o conteúdo e construir memória de marca, para que a pessoa confie na marca como autoridade.

Na otimização on-page, é crucial:

• Garantir que a página responda a todas as dúvidas sobre o produto ou serviço.

• Estruturar o HTML semanticamente (evitando que tudo seja div).

• Usar tags de cabeçalho (H2, H3, H4) de forma organizada.

• Implementar dados estruturados (JSON-LD) para artigo, produto, ou FAC (perguntas frequentes), pois, embora o Google possa ter diminuído o foco em FAC, as IAs valorizam informações bem estruturadas.

6. Off-Page e Comunidades

A construção de backlinks e o SEO off-page continuam relevantes. Testes mostram que a IA frequentemente cita sites que mencionam a marca (em listas ou artigos), e não apenas o site da própria marca. O trabalho de Digital PR (pesquisas próprias e estudos) se torna vital.

Comunidades (Reddit, TikTok, YouTube) são essenciais, pois fornecem opiniões humanas e reais, criando humanização e autoridade. As empresas devem investir nessas plataformas para construir confiança e relevância, visto que as pessoas buscam a "visão da pessoa real" sobre um produto ou local.

7. Nichamento e Testes

O futuro do SEO é nichado; as marcas não podem ser a "Wikipédia" de todos os assuntos, devendo focar no que seu cliente busca e no que elas podem ser autoridade.

A habilidade mais crucial para os profissionais é a cultura de testes. É preciso estudar em fontes confiáveis (como Aleyda Solis), não se desesperar e testar constantemente, pois o que funciona para um pode não funcionar para outro.

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FAQ (Perguntas Frequentes)

1. O SEO vai acabar com a ascensão da Inteligência Artificial (IA)? Não, o SEO não vai acabar. Enquanto houver busca, o SEO existe. A IA apenas exige que os profissionais sentem, respirem e modulem suas estratégias para entender como funcionar nesse novo cenário.

2. Quais são os maiores desafios que a IA trouxe para os analistas de SEO? O maior desafio é a necessidade de seguir um caminho novo, pois as métricas de cliques e impressões despencaram, gerando incerteza sobre como aparecer em ferramentas como Chat GPT e Gemini. Além disso, há o desafio de lidar com a proliferação de siglas na comunidade e de explicar aos clientes que o SEO se aplica a todas as plataformas de busca (Google, TikTok, YouTube, Bing).

3. Como o conteúdo deve ser adaptado para se destacar, sendo que a IA fornece a resposta na própria SERP (página de busca)? O conteúdo precisa ser o mais informativo possível, fornecendo a quantidade necessária de informações para que o usuário não precise sair para procurar em outro lugar. O foco deve ser em conversas e diálogo, e não apenas em palavras-chave. Além disso, é vital construir autoridade de marca para que ela seja vista como fonte confiável.

4. A IA vai substituir o trabalho dos redatores e analistas de conteúdo? Não. A visão humana no conteúdo é fundamental. Conteúdos criados apenas por IA tendem a ser rasos, sem o carinho e a informação detalhada que um ser humano pode fornecer. A experiência humana, a expertise e a personalização são diferenciais que a IA sozinha não consegue entregar.

5. Quais métricas devo acompanhar em vez de cliques e impressões? É recomendado olhar a fundo o Google Analytics (GA), monitorando as impressões e, principalmente, a qualidade da sessão, a duração da sessão e as conversões. É importante mostrar o impacto do orgânico no funil de conversão geral.

6. A otimização técnica (SEO on-page) mudou? Sim. A otimização técnica se tornou ainda mais crítica. É essencial garantir a rastreabilidade e a leitura clara das informações pelos robôs. Isso inclui ter HTML semântico, informações conectadas, uso correto das heading tags (H2, H3, H4) e a implementação de dados estruturados (como o JSON-LD para artigo ou produto).

7. O que é necessário para construir autoridade no cenário atual? É preciso focar no E-E-A-T (Expertise, Experiência, Autoridade e Confiabilidade). A marca deve provar sua experiência. Além disso, as páginas de autor devem ser robustas, trazendo detalhes sobre quem escreveu o conteúdo (como formação e LinkedIn) para humanizar e dar credibilidade ao texto.

8. Onde os profissionais de SEO e conteúdo devem buscar conhecimento sobre IA e o novo cenário de busca? É crucial buscar conhecimento em fontes confiáveis. Rayanne recomenda Aleyda Solis, que tem um blog sobre IA e indica outras pessoas confiáveis para seguir. É necessário estudar constantemente, pois o cenário muda rapidamente, e adotar uma cultura de testes para descobrir o que funciona.