Liderança Feminina no mercado de trabalho: desafios e importância

Liderança feminina no mercado de trabalho

Quantas líderes você conhece? Dependendo do seu contexto, talvez conte nos dedos de uma mão a quantidade de mulheres que exercem cargos de liderança. Das posições de chefia no país, segundo o levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizado em 2023, somente 39,1% das cadeiras são ocupadas por uma liderança feminina no mercado de trabalho — há 10 anos, esse número era de 35,7%.

As mulheres estudam cerca de 2 anos a mais para alcançarem o nível de liderança (cerca de 12 anos) enquanto homens atingem o mesmo patamar com 10,7 anos. Apesar de terem um nível de escolaridade mais alto, as mulheres não têm o mesmo êxito em chegar à cadeira de liderança — e não é por falta de esforço ou vontade. 

Porém, mesmo com todas as dificuldades e obstáculos a mais para serem líderes e o avanço em ritmo lento, as perspectivas estão mais otimistas. 

É hora de mudarmos esse cenário! Vamos juntas avaliar as perspectivas de mulheres na liderança e como podemos transformar essa realidade? Continue a leitura!

Liderança feminina no mundo corporativo

A ascensão da liderança feminina tem se mostrado não apenas uma questão de justiça social, mas também um fator econômico para as organizações em todo o mundo. 

Estudos recentes, como o relatório Women in Business and Management: The Business Case for Change, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), têm destacado os benefícios que surgem quando as mulheres ocupam posições de liderança e quando a igualdade de gênero é promovida dentro das empresas.

De acordo com a pesquisa, reduzir a diferença de gênero representa, em média, um aumento de 6% no crescimento da empresa. 

Uma das conclusões mais marcantes do relatório é a correlação direta entre a participação feminina no mercado de trabalho e o crescimento econômico. Reduzir a diferença de gênero nas empresas pela metade pode resultar em um aumento significativo no PIB. 

Países que conseguem equilibrar melhor a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho apresentam um potencial de crescimento econômico considerável em comparação com países onde essa igualdade ainda não foi alcançada.

Um exemplo disso é a Suécia, em que a participação feminina como líderes é de 80%. Se países como EUA, Alemanha, Itália, Portugal e Austrália adotassem as mesmas medidas o Produto Interno Bruto aumentaria mais de 6 trilhões de dólares.

Além dos ganhos econômicos, empresas que adotam práticas de igualdade de gênero desfrutam de uma reputação positiva e são mais atrativas para novos talentos — sobretudo mais mulheres. A criação de um ambiente de trabalho inclusivo e equitativo não só fortalece a marca da empresa, mas também contribui para a retenção de funcionários talentosos e engajados.

Mulheres na liderança: exemplos ao longo da história

As mulheres têm desafiado as normas sociais e ocupado posições de liderança ao longo da história, deixando um legado inspirador e influente em diversos campos. 

A autora de Calibã e a Bruxa, Silvia Federici, joga luz sobre o contexto histórico que fomos inseridas desde tempos imemoriais. “Olhar sobre a história sob um ponto de vista feminino, implica uma redefinição fundamental das categorias históricas aceitas e em uma visibilização das estruturas ocultas de dominação e exploração”, afirma. 

Desde tempos antigos até os dias de hoje, exemplos de mulheres líderes continuam a inspirar e motivar pessoas em todo o mundo. Na política, podemos destacar figuras como Cleópatra, que governou o Egito com habilidade estratégica, e Elizabeth I, que reinou sobre a Inglaterra durante um período de grande prosperidade e expansão cultural. 

No mundo do marketing e da publicidade, várias mulheres também deixaram sua marca e demonstraram liderança excepcional. Uma figura icônica é Mary Wells Lawrence, conhecida como “a mulher mais poderosa da publicidade”, que fundou a agência de publicidade Wells Rich Greene e criou campanhas revolucionárias para marcas como Braniff International Airways e Alka-Seltzer.

Mais recentemente, figuras como Sheryl Sandberg, COO do Facebook, e Oprah Winfrey, empresária e apresentadora de televisão, se destacaram como líderes influentes no mundo corporativo.

Na luta pelos direitos civis e sociais, mulheres como Rosa Parks, Malala Yousafzai e Michelle Obama se destacaram como defensoras da igualdade e da justiça. Suas vozes e ações inspiraram mudanças significativas em suas comunidades e no mundo em geral.

Liderança feminina no Brasil: um contexto histórico

Para Foucault, o corpo é constituído de práticas discursivas. Portanto, as questões de gênero foram criadas ao longo da história e tentam usar justificativas biológicas e sociais quase sem fundamento para subjugar mulheres ao longo da história. 

No Brasil não foi muito diferente. Vimos a primeira presidenta eleita sofrer um impeachment, assistimos violência contra a mulher todos os dias em notícias. Por outro lado, as mulheres mostram sua força como líderes natas. 

Em relação ao universo dos negócios, mulheres como Luiza Trajano, fundadora da Magazine Luiza, e Nizan Guanaes, cofundadora do Grupo ABC, demonstraram habilidades empreendedoras excepcionais e construíram impérios empresariais de sucesso. Sua liderança e visão estratégica inspiraram outras mulheres a perseguirem seus sonhos e alcançarem o sucesso nos negócios.

Embora ainda haja desafios a serem enfrentados, a presença e a influência das mulheres na liderança no Brasil continuam a crescer e a se fortalecer. Seja na política, nos negócios ou na cultura, as mulheres brasileiras demonstram talento, determinação e capacidade de liderança, contribuindo para um país mais justo, inclusivo e igualitário.

Mulheres líderes em conteúdo e SEO

No campo do conteúdo e SEO (Search Engine Optimization) no Brasil, diversas mulheres têm se destacado como líderes e influenciadores, deixando sua marca e contribuindo para o desenvolvimento dessa área tão importante no mercado digital. 

Essas profissionais não apenas dominam as técnicas de otimização de conteúdo para os motores de busca, mas também lideram equipes, compartilham conhecimento e moldam o cenário do marketing digital no país.

Profissionais como Martha Gabriel, autora de diversos livros sobre marketing digital e inovação, se destaca como uma líder. A fundadora da IA voltada para automação de SEO, Lisane Andrade, tem mais de 15 anos de carreira e ganha cada vez mais relevância com sua solução única para profissionais de conteúdo. 

Quais são as características de mulheres na liderança?

Mulheres na liderança frequentemente demonstram uma série de características distintas que contribuem para o sucesso de suas equipes e organizações. 

Comunicação não-violenta

A comunicação não-violenta é uma habilidade fundamental para líderes femininas, que buscam estabelecer conexões genuínas e construir relacionamentos saudáveis com seus colaboradores. 

Ao comunicar de maneira clara, empática e respeitosa, elas criam um ambiente de confiança e abertura, no qual os membros da equipe se sentem valorizados e compreendidos. Essa abordagem facilita a resolução de conflitos, promove a colaboração e fortalece os laços entre os membros da equipe.

Estímulo ao trabalho em equipe 

Além disso, as mulheres na liderança tendem a valorizar e incentivar o trabalho em equipe. Elas reconhecem a importância da diversidade de ideias, habilidades e perspectivas para a inovação e o crescimento organizacional. 

A comunicação clara e a resiliência são características marcantes das líderes femininas. Elas utilizam essas habilidades para promover conversas significativas e evitar equívocos, contribuindo para uma rotina de atividades mais eficiente e livre de erros dentro das equipes.

Perspectivas únicas

As mulheres na liderança trazem consigo perspectivas únicas que enriquecem o ambiente de trabalho e impulsionam o sucesso das organizações. A visão diferenciada é resultado de uma combinação de experiências de vida, valores pessoais e habilidades únicas que oferecem novas maneiras de abordar desafios e encontrar soluções inovadoras.

Essas perspectivas únicas são essenciais para impulsionar a criatividade e a inovação dentro das equipes. As mulheres líderes têm uma capacidade especial de enxergar além do óbvio, questionar o status quo e pensar de forma holística. 

Ou seja, elas valorizam a diversidade de ideias e experiências e incentivam a participação de todos os membros da equipe, criando um ambiente onde a inovação pode florescer. Além disso, as mulheres na liderança trazem uma sensibilidade única para questões de equidade e inclusão. 

Mulheres são mais propensas a reconhecer e enfrentar preconceitos e discriminações, promovendo um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo para todos. Sua abordagem empática e compassiva cria um ambiente onde todos os membros da equipe se sentem valorizados e respeitados, o que contribui para o engajamento e a produtividade.

Clima organizacional leve e cooperativo

As mulheres trazem consigo uma paixão e entusiasmo singulares para o ambiente de trabalho. Sua competência aliada a decisões corajosas e sábias transformam a dinâmica das equipes, substituindo a rigidez por uma atmosfera cooperativa, onde cada membro é valorizado e se sente parte de uma família. 

Essa mudança de cultura encoraja o trabalho em equipe em todos os setores da organização. Ao promover um ambiente colaborativo e inclusivo, elas estimulam a criatividade, a cooperação e o senso de pertencimento entre os membros da equipe. Isso resulta em uma maior motivação, engajamento e desempenho geral da equipe.

Inteligência emocional e empatia

A inteligência emocional e a empatia são duas habilidades inter-relacionadas fundamentais na liderança, especialmente em mulheres. Essas qualidades são essenciais para compreender e gerenciar as emoções próprias e dos outros, bem como para cultivar relacionamentos positivos e construir equipes fortes.

A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar nossas próprias emoções, bem como as emoções dos outros. Isso inclui ser capaz de:

  • identificar sentimentos;
  • reconhecer reações emocionais;
  • controlar impulsos;
  • lidar com o estresse;
  • manter o foco em momentos de pressão. 

As mulheres muitas vezes demonstram uma forte inteligência emocional, o que as capacita a lidar com situações desafiadoras de forma calma e eficaz.

A empatia, por sua vez, é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e compreender seus sentimentos, necessidades e perspectivas. As mulheres tendem a ser naturalmente empáticas e capazes de se conectar emocionalmente, cultivando relacionamentos de confiança e criando um ambiente onde as pessoas se sintam valorizadas e compreendidas.

Mesmo com toda a preparação, anos de estudo e experiências, as mulheres ainda enfrentam os maiores índices de desemprego. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) trouxe dados que mostram que o nível de desemprego entre mulheres é de  9,2%, enquanto entre homens esse índice é de 6%.

Se somos mais capacitadas, por que esse número ainda é mais alto? 

A verdade é que não existe uma única resposta. 

Abaixo você confere alguns fatores que influenciam e provocam desafios para que mais mulheres alcancem cargos de liderança. 

Síndrome da Impostora e Autossabotagem

A Síndrome da Impostora e a autossabotagem são dois obstáculos emocionais que muitas mulheres enfrentam em suas carreiras, impedindo-as de alcançar todo o seu potencial e reconhecimento profissional.

A Síndrome da Impostora é aquele sentimento persistente de que não somos dignas do sucesso que alcançamos. É como se estivéssemos constantemente nos questionando se merecemos estar onde estamos, se somos boas o suficiente para as oportunidades que recebemos. 

É uma voz interna que nos diz que somos uma fraude, que em breve seremos expostas e que todos perceberão que não somos tão competentes quanto parecemos.

A autossabotagem, por sua vez, é o hábito autodestrutivo de nos colocarmos para baixo e nos impedirmos de alcançar nossos objetivos. Pode se manifestar de várias maneiras, desde procrastinar tarefas importantes até nos submetermos a situações prejudiciais por medo do sucesso ou do fracasso. 

É como se criássemos obstáculos internos que nos impedem de avançar em nossas carreiras, mesmo quando temos todas as habilidades necessárias para ter sucesso.

Esses dois fenômenos estão interligados e muitas vezes se alimentam um do outro. A Síndrome da Impostora nos faz duvidar de nossas capacidades, enquanto a autossabotagem nos impede de aproveitar as oportunidades que surgem em nosso caminho. Juntos, eles formam uma barreira emocional que nos impede de alcançar todo o nosso potencial.

Com apoio, auto-reflexão e prática, podemos aprender a reconhecer nosso próprio valor e nos libertar das amarras da Síndrome da Impostora e da autossabotagem. E quando o fazemos, abrimos caminho para o sucesso e a realização em nossas carreiras, alcançando todo o nosso potencial e contribuindo de forma significativa para o mundo ao nosso redor.

Discriminação de gênero

O Fórum Econômico Mundial diz que o Brasil precisaria de 131 anos para alcançar a “igualdade total” entre homens e mulheres. Precisamos criar um ambiente onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. É essencial encorajar a denúncia de práticas discriminatórias e estabelecer regras rígidas contra o assédio. 

Um Comitê de Ética dedicado pode ser uma ferramenta poderosa para lidar com essas questões, garantindo que nenhuma mulher se sinta intimidada ou marginalizada no local de trabalho.

Além disso, devemos estar atentos à Síndrome da Impostora, um fenômeno comum entre mulheres que as leva a duvidar de suas próprias habilidades e conquistas. É importante oferecer apoio e encorajamento às mulheres que lutam contra essa síndrome, lembrando-as constantemente de seu valor e capacidade.

Demandas da vida familiar e pessoal

A disparidade salarial entre homens e mulheres é ainda maior quando levamos em consideração a maternidade. A ausência do trabalho por licença-maternidade se tornou uma das justificativas para tamanho preconceito de gênero no mercado de trabalho. 

Nesse contexto, o cuidado com os filhos e o viés de gênero impacta e muitas vezes o que as mulheres recebem nesse momento tão delicado são punições — como redução de salário e até mesmo demissão. 

Dados do Pew Research Center presentes em uma matéria da Forbes mostram que mães de idade entre 25 e 44 anos têm menos probabilidade de estarem ativas no mercado de trabalho em comparação com mulheres da mesma faixa etária que não têm filhos. 

Portanto, as demandas familiares e pessoais são usadas como justificativas para diminuir o trabalho feminino, além de ser uma desculpa para pagar salários mais baixos. 

Estilo de liderança

Um estudo chamado “Heidi e Howard” ilustrou de forma poderosa as diferentes percepções de liderança entre homens e mulheres, tendo como objetivo revelar e destacar as diferenças nas percepções de liderança entre homens e mulheres. 

Ao retratar o mesmo caso de sucesso profissional com nomes diferentes — Heidi e Howard — os pesquisadores buscaram demonstrar como as características atribuídas a cada um dos gêneros podem influenciar a forma como são vistos no ambiente de trabalho.

No caso de Heidi, as pessoas a viam como competente, mas também como egoísta e pouco agradável. Por outro lado, Howard foi percebido como competente e admirável.

Isso mostra como os estereótipos de gênero podem influenciar a percepção das pessoas sobre liderança. Mulheres muitas vezes são penalizadas por comportamentos que são considerados normais em homens, como serem assertivas, ambiciosas e orientadas para o sucesso.

Esse estudo ressalta a necessidade de reconhecer e desafiar esses estereótipos de gênero no ambiente de trabalho. As mulheres não precisam se conformar com padrões estabelecidos; elas têm o direito de serem ambiciosas, assertivas e bem-sucedidas em suas carreiras.

Como incentivar a liderança feminina no mercado de trabalho?

É desanimador ver como, mesmo com tanto esforço e dedicação, as mulheres continuam enfrentando barreiras para alcançar a igualdade no mercado de trabalho. 

É verdade que muitas vezes somos obrigadas a nos ausentar para cuidar dos nossos filhos, e sim, isso pode ser visto como uma desvantagem para algumas pessoas insensíveis. Mas vamos ser sinceras, os benefícios que trazemos para a mesa vão muito além dessas pausas temporárias.

Mesmo investindo mais tempo em educação, muitas de nós ainda lutam para alcançar posições de liderança. É frustrante ver nossos esforços sendo subestimados, nossas habilidades questionadas e nossos méritos ignorados. A equidade salarial, apesar de melhorar lentamente, ainda está longe do ideal. E o crescimento no número de mulheres empregadas é insuficiente para nos dar esperança de um futuro mais justo.

Promover a diversidade e igualdade de gênero

Devemos criar um ambiente onde as mulheres se sintam não apenas aceitas, mas valorizadas e respeitadas por suas contribuições únicas. Isso significa não apenas contratar mais mulheres, mas também garantir que elas tenham oportunidades reais de avançar em suas carreiras. 

Devemos eliminar preconceitos e estereótipos de gênero, reconhecendo e celebrando a diversidade de experiências e perspectivas que as mulheres trazem para a mesa.

Além disso, a igualdade de salários agora é assegurada legalmente. A Lei nº 14.611/2023 foi criada com o intuito de “corrigir lacunas, combater e eliminar as disparidades salariais baseadas em gênero e proporcionar maior segurança para as mulheres”.

Rever a cultura organizacional

As empresas precisam fazer mais do que simplesmente contratar mulheres – elas precisam criar uma cultura que as apoie e as capacite a ter sucesso. Isso significa eliminar barreiras invisíveis, como preconceitos de gênero e normas culturais que podem limitar o avanço das mulheres em suas carreiras. 

Devemos promover uma cultura de inclusão e respeito, onde todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas.

Investir em programas de treinamento e mentorias

Oferecer programas de treinamento e mentorias específicos para mulheres pode ser uma maneira poderosa de capacitá-las a alcançarem seus objetivos profissionais. 

Esses programas não apenas ajudam as mulheres a desenvolverem suas habilidades de liderança, mas também as conectam com uma rede de apoio valiosa. Ter mentores e modelos a seguir pode fazer toda a diferença, oferecendo orientação, encorajamento e inspiração ao longo do caminho.

Conclusão

Trazer à tona profissionais que muitas vezes ainda não reconhecem toda a sua potência é uma das possibilidades de colocar mulheres na liderança. Toda expertise, conhecimento e competências são valiosas no mercado de trabalho — sejam elas experiências pessoais ou profissionais, líderes femininas têm muito a agregar onde quer que estejam.

Uma forma de despertar a líder que há em você é por meio da Formação Gestora de Conteúdo, criada para mulheres que querem se tornar lideranças na área de conteúdo e SEO.

Na plataforma você terá acesso a mais de 80h de carga horária de muito conteúdo, aulas ao vivo duas vezes por semana, mentorias individuais e uma comunidade com centenas de mulheres dispostas a trocas mútuas. 

Seja uma gestora de conteúdo e se transforme na liderança feminina que você sempre quis ter! 

Formação Gestora de Conteúdo
Formação Gestora de Conteúdo

Deixe um comentário