Papo sobre Conteúdo, SEO e IA com Vitória J Nunes
A conversa com a Vi Nunes aborda o cenário atual do conteúdo, SEO e inteligência artificial, focando nos desafios, oportunidades, métricas e o futuro da gestão de conteúdo. Vi Nunes, especialista em SEO e produção de conteúdo, destaca a necessidade de adaptabilidade e resiliência frente às transformações da SERP e à crescente concorrência com a IA e o próprio Google. A principal oportunidade reside em fortalecer os princípios de EEAT e personalização, explorando as fraquezas da IA, como a incapacidade de reproduzir experiências humanas genuínas e o pensamento crítico.
A discussão também enfatiza a evolução das métricas, sugerindo que, além do tráfego, profissionais devem focar em CTR autorreferenciada, ranking, Share of Voice e Share of Search, conectando SEO ao branding. A posição da gestora de conteúdo é vista como a de uma curadora, que abraça a tecnologia com curiosidade, mas aplica uma visão holística e experiência pessoal que a IA não pode replicar. Foram desmistificados "absurdos" como a produção em massa de conteúdo por IA sem critério, o abandono de blogs e a negação do SEO para redes sociais, ressaltando a importância do equilíbrio e do pensamento crítico. A intenção de busca (Query Funnel) é apontada como a mudança mais significativa, exigindo uma abordagem menos lógica e mais focada nas emoções e jornadas não lineares do usuário. As previsões para o futuro incluem um boom em dados estruturados e HTML semântico, além da necessidade contínua de testes A/B e aprendizado constante.
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Principais Pontos da Conversa
• Vi Nunes e sua Expertise: Vitória Nunes é SEO Sênior na Flash e consultora de SEO e produção de conteúdo, com experiência desde o período pré-pandemia e em startups HR TECH. Ela enfatiza a importância de aprender continuamente, inclusive com Duda.
• Desafios Atuais:
◦ Comportamentais: Adaptabilidade e resiliência são essenciais para pensar rápido e fora da caixa diante das transformações da SERP e do ambiente desafiador.
◦ Concorrência Aumentada: Além da competição entre marcas, há uma nova concorrência com a IA e o próprio Google, intensificando a economia da atenção.
◦ Equilíbrio Multiplataforma: Gestoras de conteúdo precisam equilibrar o SEO com a crescente importância das comunidades e audiências em redes sociais como TikTok, Reddit, YouTube e LinkedIn.
• Oportunidades no Cenário da IA:
◦ EEAT (Expertise, Autoridade, Confiabilidade): Apostar em conteúdo feito por especialistas, com experiência pessoal e que seja uma fonte confiável de informação, resulta em melhor CTR e diferenciação.
◦ Personalização: Entender o novo comportamento do usuário diante da IA e focar no que o ser humano pode reproduzir e a IA não consegue: originalidade, criatividade, narrativas pessoais, descrições detalhadas de experiências sensoriais e reflexões críticas sobre ética e moral.
◦ Branding: O reconhecimento da marca e a confiança se tornam fatores cruciais para o clique do usuário, impactando diretamente a experiência de busca.
• Métricas em Evolução:
◦ O tráfego passa de uma métrica tangível para um sinal ou indicador.
◦ Ranking: Continua sendo importante, mesmo com a IA na frente.
◦ CTR Autorreferenciada: Analisar a média da CTR em cenários pré e pós-IA Overview para identificar problemas de atratividade no conteúdo.
◦ Share of Voice e Share of Search: Métricas importantes para medir o percentual de menções à marca e sua participação no mercado de buscas em relação aos concorrentes, conectando SEO ao branding.
• O Papel da Gestora de Conteúdo na Era da IA:
◦ Integração Comportamental com a Tecnologia: Abraçar a tecnologia com curiosidade e positividade, explorando ferramentas de IA para otimizar o trabalho, sem delegar todo o processo.
◦ Curadoria de Conteúdo: Desenvolver uma curadoria profunda, holística e personalizada, baseada na experiência pessoal, conhecimento da marca e do leitor, indo além dos padrões que a IA segue.
◦ Visão Holística: Quanto mais se conhece a marca, a empresa e a expectativa do leitor, mais personalizada e valiosa será a curadoria.
• "Absurdos" a Serem Evitados:
◦ Produção Massiva de Conteúdo com IA: Criar centenas de posts diários de baixa qualidade não é uma estratégia eficaz e perde a essência do EAT.
◦ Acabar com o Blog: O blog continua sendo essencial para marcas interessadas em construir relacionamento de longo prazo e comunidade.
◦ Negar SEO para Redes Sociais: A ideia de que "não existe SEO para sistemas que não são mecanismos de busca" foi um erro. Atualmente, o "SEO Everywhere" (para TikTok, Instagram, etc.) é uma realidade.
◦ Opiniões Taxativas e Medo de Errar: Em cenários de mudança, é crucial ter equilíbrio, humildade e mente aberta, evitando opiniões dogmáticas e o medo de experimentar.
• A Mudança Mais Significativa:
◦ A intenção de busca (conceito de "Query Funnel") se tornou crucial. A IA responde a termos amplos, exigindo que o conteúdo seja específico, personalizado e abranja diversas intenções e desejos do usuário (ex: tipos de calça jeans para diferentes corpos). A intenção informacional pode refletir um desejo comercial mais profundo.
• Conteúdo de Valor no Cenário da IA:
◦ Conteúdo com curadoria profunda, que agrega informações além do óbvio, com histórias, detalhes específicos e o toque humano que a IA não pode reproduzir.
• IA e EEAT:
◦ A IA pode simular o EEAT, mas não consegue reproduzir a autoridade e confiabilidade percebidas que advêm da experiência humana e do julgamento crítico.
• Impacto na CTR e Engajamento:
◦ A IA Overview pode reduzir o volume de entrantes nos sites, mas espera-se um aumento na qualidade do engajamento dos usuários que buscam profundidade. A métrica de engajamento será mais complexa, exigindo análise multi-plataforma e inferências.
• Previsões para o Futuro do SEO (próximos 2-3 anos):
◦ Dados Estruturados e HTML Semântico: Haverá um boom de novos tipos de dados estruturados (schema.org) e o HTML semântico se tornará ainda mais importante para que os crawlers e IAs compreendam o conteúdo das páginas.
◦ Testes A/B e Aprendizado Contínuo: A necessidade de realizar testes (SEO, CRO) para entender o feedback do usuário e adaptar o conteúdo, além de se manter atualizado e engajado na comunidade, será fundamental.
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FAQ
1. Quais são os principais desafios para os profissionais de conteúdo e SEO na era da Inteligência Artificial? Os principais desafios incluem a necessidade de adaptabilidade e resiliência diante das transformações na SERP, o aumento da concorrência com a IA e o próprio Google, e o equilíbrio das estratégias de SEO com a crescente importância das comunidades em redes sociais como TikTok, Reddit, YouTube e LinkedIn.
2. Como os profissionais de conteúdo podem transformar as fraquezas da IA em oportunidades? As fraquezas da IA estão na sua incapacidade de reproduzir originalidade, criatividade, narrativas pessoais, detalhes sensoriais e reflexões críticas. Profissionais podem focar na criação de conteúdo com curadoria profunda e personalizada, que inclua a experiência humana e elementos únicos que a IA não consegue replicar, diferenciando-se no mercado.
3. Quais métricas, além do tráfego e cliques, os gestores de conteúdo e SEO devem priorizar? Além do tráfego (agora visto como um indicador), é crucial monitorar o ranking, a CTR autorreferenciada (comparando o desempenho pré e pós-IA), e, especialmente, o Share of Voice e Share of Search. Essas últimas métricas ajudam a medir a presença da marca e sua relevância no mercado em relação aos concorrentes, fortalecendo a relação entre SEO e branding.
4. Qual foi a mudança mais significativa trazida pela IA generativa para o SEO? A mudança mais significativa é a transformação da intenção de busca (Query Funnel). A IA tende a responder termos amplos diretamente, o que exige que as estratégias de conteúdo se concentrem em endereçar os diferentes desejos e necessidades do usuário de forma específica e personalizada, em vez de apenas focar no volume de palavras-chave. A intenção informacional agora muitas vezes reflete um desejo comercial subjacente.
5. Que "absurdos" ou equívocos sobre a IA no SEO devem ser evitados pelos profissionais? Profissionais devem evitar a produção em massa de conteúdo por IA sem critério, o abandono de blogs (que continuam sendo importantes para o relacionamento com a marca), e a ideia equivocada de que SEO não se aplica
