SEO e IA: o feijão com arroz ainda é o que sustenta a casa
Ontem eu estava conversando com a Ayllana Ferreira, analista de SEO da Brívia, e um dos nossos pontos de conexão foi justamente aquele frio na barriga que dá quando o Google anuncia uma mudança gigante, tipo o AI Overviews. Para nós, mulheres neurodivergentes, a ansiedade às vezes sussurra que vamos ficar para trás. Mas, depois que a gente toma um café e respira, a realidade aparece: o SEO não morreu, ele só está exigindo que a gente seja mais estratégica do que nunca.
A grande mudança que a Ilana trouxe e que eu sinto aqui na pele também é o fim da "ditadura do clique". Por muito tempo, a gente usou o tráfego orgânico como a métrica de ouro. Mas agora, com as buscas de zero clique e as respostas prontas da IA, o jogo mudou.
Como é que a gente prova valor para o cliente se o tráfego cai, mas a marca continua sendo relevante?
O novo olhar sobre os dados
Se o tráfego vai diminuir, a qualidade dele precisa ser impecável. A gente parou de olhar apenas para números brutos e passamos a investigar o comportamento:
- Métricas de Engajamento: Tempo médio de sessão e páginas por visita ganham um peso enorme. Se o usuário veio de uma IA, ele já chega mais "quente"?
- Awareness e Branding: Estar presente no AI Overviews é o novo "estar no topo". Mesmo sem o clique imediato, sua marca vira a referência que a IA escolheu para confiar.
- Intangível mensurável: É um esforço conjunto com o time de dados para entender como o SEO ajuda no reconhecimento da marca.
O segredo? O básico bem feito
A Ayllana disse algo que eu assino embaixo: a IA prioriza informações bem estruturadas. Isso significa que aquele "feijão com arroz" que a gente às vezes negligencia é o que te coloca no destaque da IA agora.
- Dados Estruturados: É a forma de "falar a língua das máquinas". Se você não domina a técnica, use a própria IA para te ajudar a lapidar o código.
- Core Web Vitals: Performance, tempo de carregamento e estabilidade visual são critérios de desempate fundamentais.
- Autoridade Tópica: Não basta escrever sobre um assunto. Você precisa ser a dona do tópico. A profundidade semântica e os clusters de conteúdo são o que garantem que a IA te veja como especialista.
O futuro dos blogs (e a nossa sanidade)
Muita gente pergunta se o conteúdo longo vai acabar. Eu gosto de pensar na metáfora dos livros: o Kindle não matou o papel. O blog não vai morrer porque a IA precisa de um repositório de conhecimento profundo para aprender e citar. Especialmente em vendas complexas — como energia solar ou serviços de RH — uma resposta de três linhas da IA não convence ninguém a investir milhares de reais.
O SEO agora é multidisciplinar. Precisamos conversar com o pessoal de mídia, com o time de PR para conquistar links de qualidade e até com o pessoal de redes sociais.
No fim das contas, a IA não é nossa concorrente, é nossa estagiária super rápida. Ela cuida do operacional para que a gente tenha tempo de ser o que as máquinas ainda não conseguem: humanas, empáticas e profundamente estratégicas.
Você também sente que está trocando o pneu com o carro andando ou já conseguiu fazer as pazes com a IA na sua rotina? Me conta aqui (:
FAQ: SEO, Conteúdo e Inteligência Artificial
1. O SEO vai morrer com a chegada das buscas generativas (AI Overviews)?
Não. O SEO está se adaptando. O foco sai do volume bruto de cliques e entra na autoridade tópica e na experiência do usuário. A IA precisa de conteúdos de qualidade para colher informações, portanto, sites que seguem boas práticas continuam sendo a fonte dessas respostas.
2. Quais métricas devo acompanhar agora que os cliques podem cair?
Além do tráfego, é crucial olhar para a qualidade da sessão: tempo de engajamento, taxa de conversão e impressões no Search Console. O "awareness" (reconhecimento de marca) torna-se um KPI importante, já que aparecer como fonte na IA fortalece o branding.
3. O que são "buscas de zero clique"?
São pesquisas onde o usuário encontra a resposta diretamente na página de resultados do Google (via snippets ou IA), sem precisar clicar em nenhum link. Nesses casos, o valor para a marca está na exposição e autoridade.
4. Como usar a IA a favor da minha estratégia de conteúdo?
A IA pode ser usada para identificar lacunas de conteúdo, ajudar na estruturação de dados técnicos, transcrever áudios para artigos e até analisar padrões de dados que passariam despercebidos. Ela deve ser vista como uma ferramenta de produtividade e estratégia, não de substituição total do redator.
5. O conteúdo longo ainda é relevante?
Sim, especialmente para vendas complexas ou assuntos que exigem alta autoridade (E-E-A-T). Conteúdos profundos ajudam a construir o background necessário para que os algoritmos entendam que sua marca é especialista naquele nicho.
Gostaria que eu transformasse algum desses tópicos da FAQ em um post específico para sua rede ou que eu elaborasse um guia de métricas para você apresentar aos seus clientes?